O Krav Maga é derivado de habilidades de briga de rua, desenvolvidas por Imi Lichtenfeld como um modo de defender o quarteirão judeu durante o período de ativismo anti-semita em Bratislava nos anos 1940. Após sua imigração para Israel, ele começou a fornecer treinamento para as Forças de Defesa de Israel, desenvolvendo as técnicas que se tornaram conhecidas como Krav Maga e sendo o fundador da IKMA - Israeli Krav Maga Association. Desde então ele tem sido aperfeiçoado para ambas aplicações, civis e militares.
Desenvolvido para ser utilizado em situações de sobrevivência, sua filosofia enfatiza a neutralização de ameaças, manobras de defesa, ataques simultâneos e agressão.[5] O Krav Maga é utilizado pelas Forças Especiais de Defesa de Israel e intimamente adotado por organizações de imposição da lei e segurança como Mossad, Shabak, FBI, unidades da SWAT do departamento de polícia de Nova Iorque[6] e Forças de Operações Especiais dos Estados Unidos. Existem várias organizações responsáveis pelo ensino do Krav Maga internacionalmente. Imi foi responsável pela criação da IKMA, que é atualmente liderada pelo seu aluno mais graduado, o grão-mestre Haim Gidon.
O Krav Maga não é considerado uma arte marcial muito menos um esporte, já que não possui quaisquer regras. Todos os golpes são treinados com o objetivo de ultrapassar todo e qualquer tipo de situação de violência do modo mais rápido e eficaz, sendo muitas vezes necessários golpes letais.
Não há regras para a prática do Krav Maga. Homens e mulheres recebem o mesmo treinamento, porém recomenda-se que crianças frequentem a partir dos 7 anos devido a psicomotricidade.A maioria das diversas escolas de Krav Magá do mundo, inclusive as escolas brasileiras, adotam uniformes oficiais. Porém o Krav Magá em si não possui quaisquer tipo de uniforme comum ou adornos. Algumas organizações reconheçam o progresso pelo treinamento com divisas de categoria, níveis diferentes, e faixas.
Não há regras no Krav Magá pelo fato de ser uma técnica de defesa pessoal, utilizada para garantir a sobrevivência do utilizador, mantê-lo a salvo e neutralizar qualquer ameaça utilizando todos meios disponíveis. Os princípios gerais incluem:
- Contra-atacar assim que possível (ou atacar preventivamente)
- Focar ataques nas áreas mais vulneráveis e sensíveis do corpo, como genitais, olhos, mandíbula, garganta, joelhos, etc.
- Neutralizar o oponente o mais rápido possível, respondendo com um fluxo contínuo de contra-ataques, e, se necessário, matar/aleijar.
- Manter consciência dos arredores enquanto lida com a ameaça para perceber rotas de fuga, mais ameaças, objetos úteis para defesa e ataque e assim por diante.
O treinamento básico mistura exercícios aeróbicos e anaeróbicos. Almofadas protetoras e outros equipamentos de proteção pessoal podem ser utilizados durante o treinamento. Cenários são utilizados para treinar pessoas para situações típicas encontradas no patrulhamento por ruas ou em situações de combate. Estes cenários ensinam os estudantes a ignorar distrações paralelas e focar na agressão.[17] Outros métodos de treinamento para aumentar o realismo incluem o uso de vendas ou exercitar os alunos até a quase exaustão antes de lidar com ataques simulados, além de treinamentos em ambientes externos, em locais variados, em situações incapacitantes ou restritivas.
O treinamento também cobre o reconhecimento da situação para que o aluno desenvolva uma compreensão de seus arredores, e de circunstâncias antes da ocorrência de um ataque. Ele também aprende a lidar com situações menos violentas, e a utilização de métodos verbais para evitar a violência sempre que possível.
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